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extraído de “Part Five,” ASPECTS OF LOVE (London: Arthur James, 1997), pgs. 54-55.
Podemos aprender a enxergar a realidade. Apenas enxergá-la e viver com ela já tem efeito de cura. Nos conduz a uma nova espécie de espontaneidade, como a de uma criança que aprecia o frescor da vida, o caráter direto da experiência. . Trata-se da espontaneidade dos verdadeiros princípios morais, de se fazer a coisa certa naturalmente, não vivendo a própria vida de acordo com livros de regras, mas vivendo-a por meio do único princípio moral, o princípio moral do amor. A experiência de amor ao ser nos confere uma capacidade renovada de viver a própria vida com menos esforço. Diminui a luta pela vida, que se torna menos competitiva, menos aquisitiva, na medida em que abre para nós aquilo que todos nós alguma vez vislumbramos de alguma maneira através do amor, de que nossa natureza essencial é repleta de alegria. Lá no fundo, somos seres alegres. Se pudermos aprender a saborear os dons da vida e a enxergar o que a vida realmente é, estaremos melhor equipados para aceitar as atribulações e o sofrimento dela. Isso é o que aprendemos suavemente, paulatinamente, no dia-a-dia, à medida que meditamos.
A meditação nos leva a entender a maravilha daquilo que é comum. Tornamo-nos menos dependentes da busca por tipos extraordinários de estímulo, de excitação, de divertimento ou de distração. Começamos a perceber, nas próprias coisas comuns da vida cotidiana, que essa radiação de fundo do amor, o onipresente poder de Deus, está em toda parte, a todo momento.
original em inglês
An excerpt from Laurence Freeman OSB, “Part Five,” from ASPECTS OF LOVE (London: Medio Media/Arthur James, 1997), 54-55.
We can learn to see reality. Just seeing it and living with it is healing. It brings us to a new kind of spontaneity, that of a child who appreciates the freshness of life, the directness of experience. . It is the spontaneity of true morality, of doing the right thing naturally, not living our lives by rule books but by living our lives by the only morality, the morality of love. The experience of love of self gives us a renewed capacity to live our lives with less effort. Life becomes less of a struggle, less competitive, less acquisitive, as it opens up for us what we have all glimpsed in some way at some time through love, that our essential nature is joyful. Deep down we are joyful beings. If we can learn to savour the gifts of life and see what life truly is, we will be better equipped to accept its tribulations and its suffering. This is what we learn gently, slowly, day by day, as we meditate.
Meditation brings us to understand the wonder of the ordinary. We become less addicted to seeking extraordinary types of stimulation, excitement, amusement, or distraction. We begin to find in the very ordinary things of daily life that this background radiation of love, the all-present power of God, is everywhere and at all times.
Lembre-se: Sente-se. Sente-se imóvel e, com a coluna ereta. Feche levemente os olhos. Sente-se relaxada(o), mas, atenta(o). Em silêncio, interiormente, comece a repetir uma única palavra. Recomendamos a palavra-oração "Maranatha". Recite-a em quatro silabas de igual duração. Ouça-a à medida que a pronuncia, suavemente mas continuamente. Não pense, nem imagine nada, nem de ordem espiritual, nem de qualquer outra ordem. Pensamentos e imagens provavelmente afluirão, mas, deixe-os passar. Simplesmente, continue a voltar sua atenção, com humildade e simplicidade, à fiel repetição de sua palavra, do início ao fim de sua meditação.